Apesar de ter jogado no estádio dos caras, que leva o nome de Aflitos, confesso que em nenhum momento fiquei aflito, achando que o Flamengo pudesse perder aquela partida para o Náutico.
Tudo bem que o adversário era bem complicado, afinal, jogava em casa, lutando para não cair, e já tinha tirado pontos tanto do São Paulo quanto do Palmeiras. Mas desde os primeiros minutos pude notar no nosso time uma segurança e uma vontade que me fizeram crer que sairíamos de Pernambuco com os 3 pontos na bagagem. E foi exatamente o que aconteceu.
Parte dessa minha segurança tem uma explicação: a volta de Torozinho à equipe. Ô muleque determinado e aguerrido esse, hein! Conforme eu havia dito naquele post que eu critiquei as escalações de Caio Jr, usar Toró e Jailton como volantes e liberar mais os volantes/armadores é a melhor alternativa de jogo para o Flamengo. E foi mais ou menos assim que atuamos na noite de sábado.
O Flamengo começou a partida caindo pra dentro do alvirrubro, para que os caras não se impusessem, determinando o ritmo deles. Ao fazer isso, conseguimos mantê-los por um bom tempo no campo de defesa, segurando os avanços dos nossos alas, que jogaram uma grande partida. A única falha que eu notei na partida, talvez uma orientação do 'oclinhos', era que o meio-campo estava muito preso lá atrás ajudando na marcação e os avanços se resumiam somente às laterais e a puxadas de contra-ataque de Marcelinho Paraíba. Íbson e Kleberson tiveram uma boa atuação, mas poderiam ter jogado e participado mais se estivessem um pouco mais focados em atacar do que defender.
Íbson ainda conseguiu alguns avanços, em roubadas de bola pelo meio e chegadas de trás em cruzamentos de Juan e Paraíba pela esquerda. Já Kleberson jogou um futebol morno e sem brilho, coisa que tem sido constante nos jogos em que o pentacampeão entra como titular. Mas também não posso afirmar que o Éverton ou outro jogador conseguiriam ter uma atuação melhor do que a dele por ali.
Na zaga, demos algumas bobeiras, especialmente pelo lado do Fábio Luciano, que é excelente zagueiro, sabe orientar, é bom nas bolas aéreas, mas já não está mais tão ágil e veloz para cumprir com 100% de eficiência as coberturas aos avanços pelas pontas. Mas tá tranquilo, porque, quando ele bobeou e a bola foi cruzada, Bruno estava lá pra catar.
Aliás, o goleiro voltou a atuar bem. Não foi suuuuper exigido. Mas teve uma atuação seguro, se antecipando a alguns lances em que ficaria mano-a-mano com os atacantes adversários.
Outro que também merece elogios é Vandinho. Cara, eu tô dizendo: esse muleque é bom! Ele quer jogo! Ele tem a manha, tem a maldade. Sabe onde fica o gol. E aquelas perninhas arqueadas, o jeito de correr, a agilidade dentro da pequena área, não enganam: o maluco sente o cheiro do gol. Foi assim que ele arranjou o pênalti que resultou no primeiro gol mengolino: a bola chegou até o Marcelinho Paraíba numa roubada na saída do Náutico. Paraíba viu o avanço do camisa 41 e tocou macio por debaixo das pernas do defensor. O Vandinho recebeu, deu uma raspada na bola pra tirar do goleiro Eduardo e tomou um rapa. Marcelinho cobrou com tranquilidade e categoria, ensacando pra gente: 1X0.
Depois do gol a gente ainda perdeu outros 40. Vandinho, então, teve muitas oportunidades, exatamente por seu bom posicionamento. Mas exagerou em querer dar sempre um toque a mais na hora da conclusão ou por tentar resolver sozinho. Mas ainda assim, mostrou que o Mengão poderia ter acabado o primeiro tempo com uns 3X0, no mínimo.
O placar magrelo, mas com boa atuação, fez com que o Caio Jr mantivesse o time pra segunda etapa. E o buraco que estava entre o meio-campo e o ataque parecia ter sido comentado dentro do vestiário, porque os jogadores começaram bem mais compactos e avançados. Só o Jaílton permaneceu lá atrás, segurando os avanços nordestinos. Já Toró se posicionou um pouco mais a frente da área, onde continuou roubando várias bolas e proporcionando muitos contra-ataques tanto pela direita, com Leo Moura, quanto pela canhota, com Juan.
Logo, logo o bom posicionamento deu lugar aos erros. O time voltou a recuar, esperar demais o Náutico, e as bolas pararam de chegar aos atacantes da maneira que estava acontecendo. Ai o time dos caras começou a sentir que tinha campo e a arriscar um pouco mais. Mas a pontaria deles é tão bizarra quanto a posição do Vasco na tabela do Brasileirão e a nossa vitória continuava garantida.
Notando isso, Caio Jr começou a se programar para mexer. Obina entrou no lugar de Marcelinho Paraíba e cumpriu sua missão: prender um pouco mais a bola no ataque. O atacante-tanajura atuou bem aberto na ponta-esquerda, puxando a marcação para deixar o Vandinho livre pelo meio. Mas o meio-campo voltou a ficar muito preso lá atrás e os avanços não eram tão perigosos.
A pressão do Náutico continuava, mas acabava na péssima pontaria de seus chutadores ou nas mãos de Bruno. Então, nosso treinador alterou novamente a equipe, botando Airton no lugar do cansado Toró, e Fierro, no lugar do Kléberson. Conseguimos até dar alguns arremates ao gol, mas todos eles sem muito perigo.
O lance mais claro pro Fla veio de uma bola alta cruzada por Fierro da ponta-esquerda. Ela vinha caindo perfeita para Obina. Mas o baiano tentou dar uma bicicleta-invertida na bola e acabou furando feio e caindo de busanfa no chão, desperdiçando a oportunidade.
Quando o jogo parecia que terminaria empatado, Leo Moura recebeu no meio, adiantou a bola igual a gente fazia no futebol de botão, mandou o goleiro preparar e enfiou uma cacetada nela de fora da área, conforme nosso comandante tinha pedido. A pelota foi rodando bonita, mostrando todos os seus gomos, até fazer aquele barulho "chouffff" e entrar na gaveta do camisa 1 do Naútico: 2X0 e placa pro Moicano.
Na próxima partida, que será contra o Patético Mineiro, no Maraca, a gente vai ter que jogar sem o nosso capitão, que tomou o terceiro amarelo, e sem o Juan, que vai estar na seleção brasileira. Mas o lance é que a gente não pode aceitar qualquer outro resultado que não seja a vitória. Não vou arriscar um placar agora, pois ainda não fiz a minha Estatística URUBUZADA. Mas eu tô achando que vem uma goleada por aí. E eu vou estar lá no Maraca pra assistir.
Quem se habilita? Vamos marcar?
Vamo que vamo, Mengão!
Gil
POST ALTERADO PELO AUTOR EM 06/10/2008 ÀS 12h.
8 comentários:
Olhaí Gil
Faltou vc dizer que os Prognósticos dos URUBULINOS foram unânimes em acertar o placar do jogo.
TO confiante,
Vamos pro HEXA.
SRN
Nelsinho Morro
Sensacional, Gil! Simplesmente sensacional! O Flamengo não foi genial em campo anteontem, mas jogou com a coragem de time que quer ser campeão. Aliás, hexacampeão! Eu já vou fazer meu prognóstico. Vai ser 2X1 contra o Atlético de Minas.
Vamos Flamengo!
GIL EU ESTOU ACREDITANDO MUITO QUE O NOSSO TIME VAI GANHA ESTE HEXA!!!!!!!!!!!!!! AGORA SÃO MAIS 9 PONTOS EM CASA!!!!!!!!!! VAI PRA CIMA DELES MENGOOOOOOOOOOOOO!!!!!
Esta vitória foi FUNDAMENTAL...agora é ter INTELIGÊNCIA e PÉS-NO-CHÃO.....temos time prá GANHAR e somos "A MAIOR FORMA DE AMOR DO PLANETA"...abraço à todos....Helder...Goiânia
Ingresso comprado na 4ª feira! Vamu invadí!!!!!!!!!
Ingresso comprado na 4ª feira! Vamu invadí!!!!!!!!!
Uhuuuuuuuu, que jogo foi esse!!!
Fui numa chopperia aqui em Brasília e cheguei quando estava passando ainda o jogo do Bostafogo, que por sinal não serve nem pra ajudar quem está lá em cima, ai ai...
Vcs acreditam que diante da galera flamenguista toda ensaiadinha, chegaram 2 vascaínos e os bostafoguenses ficaram só para torcer contra???
É um bando de boca-de-conflito mesmo, aff...
Desses todos aí, o único que ainda tenho certa consideração é o Frufru, pois me traz uma ótima lembrança...
Depois daquele gol de barriga do Renato Gaúcho (que jamais vou esquecer!), quando os frufrus fizeram 3x2 num domingo (25 de junho de 1995) e foram campeões, tornei-me uma flamenguista nata. Vi a decepção nos olhos do meu pai, logo no ano do centenário... logo ele que estava tão feliz e confiante, acreditando totalmente na vitória...
Detestei ver meu pai tão forte naquela situação de decepção completa. Depois daquele dia, fiz questão de assistir cada jogo, ver com ele cada lance, passei a sacar mesmo de futebol, sempre com meu paizinho do lado.
Apaixonei-me pelo Mengão, pela linda torcida, pelos gritos, enfim... Virei mais rubro-negra ainda. Meu sangue era rubro-negro, mas faltava o coração. Naquele domingo, não faltou mais nada!!!
Hoje, sou Flamengo até morrer e depois que morrer tbm, afinal Deus é brasileiro e flamenguista!!!
Como diz o Gil " vamo que vamo, Mengão"! E que este ano eu possa comemorar o HEXA junto com o meu paizinho...
Bjussssssss
PS: Valeu Léo Moura pelo gol avassalador!!!!
Fuiii
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