O TIME DE 12 JOGADORES

Com uma torcida de pouco mais de 6 mil pagantes, o título deste post, com certeza, não trata-se de uma ode à nossa torcida. Estou me referindo ao fato de que, mais uma vez, ganhamos com erros do juiz. Tá certo que o Djalma Beltrami deu mole para os dois lados. Errou ao não expulsar o jogador do Bangu no primeiro tempo, quando ele entrou dando socos na cabeça e nas costas do Airton. Errou ao marcar falta no Léo Moura num lance na linha de fundo, quando o lateral não fez absolutamente nada. O problema é que os erros a favor do Fla foram em lances capitais da partida, lances decisivos.



O jogo começou muito confuso, com muitos erros de passe e muita demora na saída de bola. A zaga também tava dando muitas pixotadas e prendendo demais a bola, talvez porque ninguém aparecesse para dar continuidade no jogo. Tantos erros que nem parece o tal Flamengo que falavam, que teria como arma principal o entrosamento. O meio-campo, principalmente, preocupava-se muito em alternar posições, mas não conseguia acertar os passes.

Quem se safou, mais uma vez, foi o Juan, que proporcionava as únicas saídas perigosas que o rubro-negro fazia rumo ao ataque. Numa delas, o baixinho entrou na área driblando, deu meia volta e tomou uma rasteira. O juiz marcou pênalti. Obina cobrou, com paradinha, mas a bola explodiu na trave.

Logo o Bangu se ligou nos avanços do lateral e os contra-ataques começaram a acontecer com mais freqüência. Ainda assim, o Flamengo continuava chegando com mais perigo. Mas, quando acertava o pé, o goleiro do Bangu, que atuou muito bem, segurava a onda.



Sem se omitir, Cuca meteu o time no ataque no segundo tempo: tirou Kleberson, que estava fazendo uma partida PODRE e meteu Maxi. Mas a mudança não adiantou muito e aos 10, o Bangu fez o primeiro. Douglas Silva deu um balaço de canhota, a bola bateu na trave, desviou em Somália e ficou livrinha pro bom Rafael Soeiro abrir o marcador.

Para melhor a qualidade do passe e tentar o empate, Cuca foi corajoso novamente e tirou Airton, que estava enfiado lá na zaga, botando Jônatas em seu lugar. O meia, apesar de barrigudinho, entrou muito bem e promoveu uma agilidade maior na saída da bola da defesa para o ataque, que agora tinha dois jogadores abertos pelas pontas.

Sucederam-se lances e lances de perigo em que faltou somente o chute sair certo (coisa que anda complicada ultimamente no Flamengo). Quando dava, o Bangu também partia para o contra-golpe, levando perigo ao gol de Bruno.

Estenuado, Juan foi substituído pela laranja podre, que acabou sendo importante no jogo. Marcelinho Paraíba iniciou a jogada com Everton, pela ponta esquerda. O jovem meia carregou a bola até o fundo e rolou pra Maxi, dentro da área. O gringo passou por um marcador, adiantou a bola e chutou o chão na hora de finalizar. O juiz, mal posicionado, apontou a cal. Paraíba bateu bem e empatou.

Quatro minutos depois, o atacante do Bangu recebeu a bola na cara do gol e tirou de Bruno, tocando no canto. O bandeirinha assinalou impedimento. Mas o cara do Bangu estava em posição legal, vindo de trás dos defensores. Prejuízo pro Bangu. Vantagem pro Flamengo.

O jogo continuou com um sufoco fudido do Mengão. Aos 44 e pouquinho, desci com um camarada e assisti o gol de empate: Marcelinho Paraíba bateu o escanteio no segundo pau e Angelim enfiou a testa pra desempatar a partida, que terminou com muita confusão, reclamação e, provavelmente, mais um gancho para Beltrami.

Tá na hora do Flamengo fazer uma partida decente, apresentando um futebol que não dependa de nada, que ninguém possa contestar. Quero uma goleada, um futebol de bom nível, bem jogado, que seja digno de um time que estava entrosado. Nunca pensei que fosse falar algo assim, mas, se continuar como está, o Jônatas tem vaga fácil ali na meiúca. Espero que na próxima partida não tenha mais polêmicas. Ou, se tiver, que seja 5X0, com 3 gols legítimos e 2 roubados. Senão, o título, que já não tem muita graça, vai ficar mais sem sal ainda.

VAMO QUE VAMO, MENGÃO!

Gil