DAVA CERTO NO PARANÁ. DEU AQUI TAMBÉM.

O jogo de ontem, o terceiro do Flamengo no campeonato carioca foi bem ruim. Em compensação, diferente das outras vezes, conseguimos vencer sem nenhuma polêmica e com algumas surpresas bem agradáveis.

Como sempre, o Fla começou primeiro tempo muito mal, desorganizado no meio campo, estabanado na defesa e ineficiente no ataque. Esta, aliás, tem sido a tônica de todos os jogos. Apesar de gostar bastante dos jogadores titulares da equipe, creio que esse esquema alterado pelo Cuca, ainda não está rendendo o que o treinador espera.

O meio-campo e a zaga ainda não estão com a ligação perfeita. Assim, roubávamos bolas, desarmávamos os laterais e atacantes, mas a bola demorava pra chegar no ataque. Íbson e Marcelinho Paraíba, ambos jogadores com características mais ofensivas, estavam tendo que voltar lá atrás para fazerem o time sair, já que o Léo Moura ainda não deu o ar da graça até agora.

Aliás, tanto o Paraíba quanto Léo Moura não atuaram nada bem. Enquanto o meia "loirinho" perdeu muitos gols e ainda prendia demais a bola (sendo vaiado pela torcida), o lateral insistia em derivar para o meio-campo, onde era sempre bloqueado por um dos 5 jogadores que ocupavam (e lotavam) o setor pelo lado aurirrubro.

Já pela esquerda, Egídio, que não tinha uma oportunidade de atuar há muito tempo, voltou em grande estilo e jogou um futebol digno do tempo em que fora emprestado ao Paraná para a disputa da Libertadores em 2007. O ala tornou-se a melhor alternativa ofensiva da equipe e, na minha opinião, a melhor figura em campo.

Além da ofensividade e da qualidade nos cruzamentos (inclusive o que resultou no gol), Egídio ainda demonstrou mais força do que o seu companheiro de posição (e titular) Juan, quando o time precisava se recompor na defesa. Se continuar assim, poderá oferecer uma excelente alternativa para quando o baixinho marrento se machucar.

Outro que atuou bem, tanto da defesa quanto no ataque foi Willians. O ex-jogador do Santo André não estava se encaixando muito bem e até atrapalhava algumas jogadas do time pela meiúca. Mas no jogo de ontem o meia foi mais voluntarioso e ousado, roubou muitas bolas e ainda se arriscou no ataque, sempre com bastante eficiência e perigo.

No ataque, Obina mais uma vez tentou, tentou e tentou, mas não conseguiu desencantar. O Anjo Negro tenta escapar do rótulo de 'jogador de segundo tempo', mas não consegue manter o mesmo ritmo e o bom futebol durante os 90 minutos. Foi invariavelmente vindo do banco que o atacante baiano se deu bem e marcou os gols mais importantes de sua passagem no Fla. E eu tô achando que ele vai acabar indo parar lá mesmo, sentado ao lado da rapaziada, na reserva.

Cuca não estava gostando nada da movimentação do time e, no segundo tempo, resolveu mexer. Tirou o time de um 4-4-2 bem estranho e burocrático e colocou num 4-3-3, com dois atacantes bem abertos pelas pontas e os laterais um pouco mais recuados, partindo só na boa e alternadamente. Sorte a nossa, porque o Josiel e Maxi entraram querendo mostrar serviço. E aconteceu.

Numa boa saída do time em contra-ataque, puxado por Léo Moura, a bola foi parar na ponta com Maxi. O argentino iludiu o zagueiro do voltaço e cruzou. Forte demais, a bola atravessou toda e extensão da área, mas Egídio se esforçou, conseguiu impedir que a bola saísse e ainda meteu um cruzamento perfeito no primeiro pau. Josiel se antecipou e tocou de lado, pra dentro da rede. Os bons tempos e o entrosamento dos dois jogadores na época de Paraná Clube, renderam bons frutos pro Mengão: 1X0. Gol de artilheiro, de quem sabe onde deve estar. O primeiro de Josiel pela Mais Querido.

O jogo foi ruim, mas, pelo menos, nós ganhamos sem a ajuda do juiz e sem ninguém pra encher o saco. Tenho que admitir que estamos longe do que eu esperava do Flamengo para 2009. Admito também que o Botafogo está jogando o melhor futebol da competição, apesar de um monte de contratações. Mas tenho certeza que, no final, vamos ganhar novamente. Então, nem me preocupo.

VAMO QUE VAMO, MENGÃO!

Gil