quinta-feira, 21 de junho de 2007

RESPIRANDO, MAS NÃO MUITO

Parece que essa pausa que vai rolar por conta do Pan deve fazer bem ao Flamengo. O clima de mudança parece estar chegando na Gávea, bem aos poucos, mas parece.

No coletivo de anteontem, Obina voltou a jogar após a cirurgia que fez no joelho, em março. E, mesmo fora de forma e um pouquinho acima do peso, o matador rubro-negro marcou 3 gols contra o time reserva. Tá certo que a zaga da equipe reserva era Moisés e Thiago, mas, pelo menos, ele fez o que o Souza e o Leonardo não vinham fazendo no coletivo nem nos jogos, que é gol, e isso já mostra que o cara tá com vontade de voltar.

Ao que tudo indica, o nosso goleador, Obina, estará de volta aos gramados com 100% de sua condição na primeira quinzena de julho. Para isso, o atacante já está fazendo um trabalho de reforço muscular pós-cirurgico e não deve acompanhar o Mengão na excursão que vai fazer por Minas Gerais, visando a preparação para o jogo contra o Atlético Mineiro, lá no Mineirão. De qualquer forma, já é prenúncio de que o Flamengo pode melhorar. Ou seja, se a gente estava perdendo de 4x0, agora vamos passar a perder de 4x3. Isso porquer aquela defesa não tem jeito.

Outra boa notícia é que Egídio, o bom lateral-esquerdo que era do Mengão e estava no Paraná, foi devolvido ao clube. Como os dirigentes ficaram com o cu na seringa com a possibilidade de perder Juan por conta de uma sondagem que o lateral recebeu do Espanyol, resolveram trazer de volta o moleque pra garantir que não vão ficar sem uma boa opção para a posição.

Mas, como no Flamengo de Kleber Leite não pode ter só notícias boas, aqui vai uma das piores possíveis: a possibilidade da saída de Juan também serviu de desculpa pro Kleber Leite armar com o Ney Franco e renovar o contrato do péssimo Gerson Magrão por mais dois anos. DOIS ANOS!!!!! Não há justificativa alguma para manter esse maluco no elenco, mas o nosso amigo leitoso não desperdiçaria essa chance de embolsar uma grana com uma renovação tão oportuna. Ao invés disso, o Eurico da Gávea deveria se preocupar com o Renato Abreu, que não quis renovar o contrato porque tem time europeu em cima dele. Especulasse que o interesse seria do Celta de Vigo e La Coruña, o que, se confirmando, constitui-se numa grande ameaça do nosso homem-bomba fazer as malas e vazar da Gávea.

Acompanhando tudo isto, concluo que falta comando ao Flamengo. Todo mundo sabe das inúmeras panelas que existem dentro do elenco. Eu mesmo já falei sobre isso aqui no URUBUZADA. Mas o título da Copa do Brasil e do Carioca, acabaram abafando estes e outros problemas, dando aos jogadores e a torcida um fôlego extra causados por isso. Mas a confiança e a harmonia da equipe ficou despedaçado após a desclassificação na Libertadores. Assim, voltaram os constantes conflitos: o Renato Abreu, como capitão, dava entrevistas dizendo que faltava vergonha na cara dos jogadores, ou, quando fazia um gol, o cara acabava comemorando sozinho. O ataque se defendia das críticas acusando a defesa, enquanto a defesa detonava a excessiva perda de gols por parte dos ponteiros. Frequentes também eram as discussões em campo. Souza, Renato Augusto, Renato Abreu e Léo Moura que o digam. E, para acabar com coisas como estas, só mesmo com bons resultados ou uma liderança carismática, coisa que o Ney não tem mais.

Sei que eu já comparei o Ney ao Carlinhos, campeão em 92, e não vou me contradizer. O estilo do técnico quando chegou a Gávea era ousado, ofensivo e sereno ao mesmo tempo. Por isso foi campeão. Hoje eu não disgosto dele, mas acho que o cara não está mais com o grupo nas mãos, não consegue administrar o ego da galera e não está tendo tranquilidade para recompor o sistema defensivo do Flamengo, que precisa ser trabalhado, pois é limitado e lento. E aí, quando uma crise dessas começa, não há como mudar o time inteiro. Um novo técnico acaba sendo a melhor solução para tentar renovar os ânimos da galera e tentar fazer com que os jogadores possam formar um time novamente.

É por essas e outras que eu digo: um time campeão não tem que ter 11 craques. Tem que ter raça, união e comando. Três coisas que o Flamengo, definitivamente, não tem.

Até a próxima, Gil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Com a volta do Identificador de Chamadas, as coisas vão melhorar! Tenho certeza!!!
Mas Gerson Magrão por mais dois anos é sacanagem!