BOCA BENDITA!!!

Quero abrir este post dizendo que queimei a língua novamente. E, mais uma vez, não estou falando do podrão que eu comi ontem lá na porta do Maraca, em frente ao Bellini. Tô falando de um jogador que eu sentei o sarrafo, mas que agora, está me fazendo calar a boca: o Toró. Se serve de consolo pra você que também criticava ele, é melhor "bater" e o jogador melhorar do que o contrário (elogiar pra depois o cara começar a jogar mal).

O ex-tricolor, que eu tanto sacaneava aqui, jogou demais. O moleque, como bem disse o Joel no programa Esporte Visão, da TVE, "concertou os erros de todo mundo". Ele pode ter saído antes do gol do Flamengo. Mas, antes de deixar o gramado, o maluco jogou demais, marcou demais, sofreu faltas e deu o seu sangue pelo Flamengo. E é exatamente isso que a torcida espera. É por isso que a torcida vibra e bradou o nome do jovem guerreiro que esperava ter continuado na batalha. E, cá entre nós, não era uma torcida qualquer a gritar "Toró, Toró". Era a nação rubro-negra.

Puta que pariu, meu irmão, foi demais estar lá ontem. Foram mais de 87.000 presentes no maior do mundo, vendo o Flamengo jogar com raça e garra. Uma torcida linda, que não parou de cantar um segundo sequer e deixou o time do Santos inibido, afinal, os paulistas não estão acostumados com tanta gente assim nas arquibancadas de seus jogos. Quando entrou em campo, o Wanderley Luxemburgo, treinador do Santos e flamenguista assumido, olhou ao redor e sentiu que não daria. Eu estava com a minha câmera digital por lá e meti o zoom bem na cara dele. Saca aqueles flagras exclusivos que só tem em Copa do Mundo? Pois é, foi exatamente assim. Pena o vídeo ter ficado com uma qualidade tão ruim, senão eu colocaria aqui pra vocês verem o semblante do ex-técnico da Seleção diante da massa apaixonada.

Confesso que xinguei o Natalino quando vi o Roger entrando no lugar do aguerrido camisa 11. Mas o nosso técnico parece ter mesmo estrela. Ele alegou que estava congestionando o meio-campo pra evitar que o Santos avançasse, afirmando que conhece bem o estilo do Luxa. Como o Joel é um grande fanfarrão e renomado cachaceiro, não conseguia imaginá-lo como um estrategista. Fico sempre na dúvida se ele venceu por montar um bom grupo, forte e unido, ou se foi por méritos estratégicos. Mas a gente tá ai, rumo à Libertadores e ao vice-campeonato brasileiro (que esse ano, estranhamente, não vai ser do Vasco). Então, prefiro não criticá-lo novamente. Porque já tô cansado de queimar a língua.

Veja os vídeos do jogo de ontem aqui:




A nação cantando sua nova canção. Foi lindo!


Após o gol, toda a beleza e a alegria da maior forma de amor do mundo: O Flamengo!

Vamos que vamos, Mengão!