Mais um joguinho completamente desinteressado do Flamengo esse de ontem. Mais um resultado bem abaixo do que imaginávamos. 3x3 com o Madureira, com o time fazendo um baita corpo mole no primeiro tempo e se recuperando depois, quando o caldo ameaçava azedar de vez e a galera, furiosa, gritava por Adriano.
Pelo tamanho da divergência interna e externa que vimos sofrendo com esse episódio Adriano, tudo indica que os "do contra" conseguiram: o Flamengo está entrando num momento delicado na temporada. Não vou chamar de crise pra não agradar aos jornalistazinhos e a arcoirizada, mas acho que já está mais do que na hora da gente botar a cabeça no lugar e pensar no que é melhor pro clube.
Eu queria o Adriano, mas ele não veio. Tinha um baita de um medo dele na Gávea, não em campo, mas fora dele. A questão é que agora eu não preciso mais me preocupar com isso. Não adianta chorar o leite derramado.
Luxemburgo, que foi imprudente ao se antecipar a decisão oficial da diretoria e dizer que não queria Adriano, virou o Judas. Tudo o que acontece agora é culpa dele. Reconheço que o Flamengo joga mal, muito mal, há 3 jogos. Vimos ontem que sem uma proteção adequada (estavamos sem o Willians) a zaga não segura a pressão. Concluímos que o esquema do Fla é frágil se não tivermos, LOGO, um lateral-esquerdo, uma zagueiro e um atacante. Mas como contratá-los se não há grana, se ainda não temos um patrocinador?
O clube agora se vê numa sinuca de bico das mais pesadas. E as decisões, antes recheadas de teor político, agora deverão ser mais pensadas do que nunca. Também será decisivo o nosso apoio neste momento, em nome do Flamengo. E é exatamente sobre isso que o texto do Marcos Schettini, leitor do blog e amigo que nos acompanha lá no Twitter, expõe. Por isso, concordando e discordando com certos pontos, resolvi dar voz a ele.
Se você ler e tiver uma posição diferente e quiser participar, envie seu e-mail para falaurubulino@hotmail.com. Se o texto apresentar uma boa argumentação, sem ofensas, eu publico aqui também.
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E a crise chegou ao Flamengo. Fato. E engana-se o leitor que achar que esta constatação vem do terrível jogo de hoje mais cedo (n.a.: ontem a tarde) em que o Rubro-Negro da Gávea suou sangue nos últimos minutos para empatar com um postulante a Série B do Carioca, como, aliás, já o tinha feito na semana passada. Menos ainda por conta da confirmação que o Imperador, Adriano, irá reinar na Terra da Garoa.
Esta crise já existe desde quando Adriano deixou a Roma e resolveu voltar mais uma vez para o Brasil. A partir daí começou a grande discussão do Brasil de 2011: o Flamengo deve ou não repatriar Adriano? Não vou perder o meu tempo falando dos prós e contras da vinda do atacante, que já foi muito discutida nos bons blogs do ramo e nos #Livecast feitos pelo @Urubuzada.
O que separa um mero incidente, uma mera decisão administrativa, de uma crise instalada é o ambiente. E vamos concordar que o meio do futebol e a passionalidade da torcida são capazes de chutar para escanteio qualquer racionalidade que possa ter sido usada na tomada de decisões pela direção, que preferiu segurar a bomba agora, ao invés (sic) de jogar pra torcida e encubar a crise pra estourar depois.
A reação da torcida cada vez mais "virulenta" após o anúncio da ida de Adriano para o Corinthians, apenas reforça a idéia de que o temor da direção se justificava: a vinda de Adriano tornaria o clube refém do jogador.
Uma contratação como esta não é resolvida da noite pro dia e demandam a criação de uma engenharia financeira, celebração de contratos, arranjos com parceiros e criações de estratégias de marketing. O famoso “trato de risco” que seria a grande ferramenta de domar as irresponsabilidades de Adriano arrasta consigo toda a estrutura criada para viabilizar sua vinda.
Uma vez integrado ao elenco, Adriano dificilmente seria tirado por conta do ônus de uma decisão desta natureza, com implicações esportivas e financeiras (n.a.: que patrocinador gostaria de pagar pro Adriano ficar numa reserva, ainda que ele não estivesse rendendo bem?). Isso sem contar que também teríamos o mesmo ódio de parte da torcida, que, se ignorou as pixotadas de 2010 (quando o time foi "deixado na mão" em plena Libertadores), tenderá a fazer o mesmo nos futuros deslizes, ao vê-lo substituído pelos atacantes em que não confia hoje.
Para que não pareça exagero meu ao avaliar a manifestação da torcida, basta lembrarmos que há uma semana empatamos com o lanterna do carioca, sem R10 e TN7, e pouco se falou, e hoje, sem a outra metade do meio-campo, sem resolver o problema da lateral-esquerda e com um zagueiro unabomber (n.a.: apelido dado ao terrorista Theodore John Kaczynski autor de vários atentados à bomba nos EUA), os gritos de campo davam conta que o principal fator do empate contra o Madureira foi a não contratação de um sujeito que só estará em campo daqui a um mês.
Além do mais, não havia hora melhor para prestigiar a comissão técnica (e até mesmo colocar no colo dela a decisão de não trazer o Adriano), em razão do momento em que o time está, ao menos nos números: com o time invicto, classificado para a final do Carioca e tendo passado pelas duas fases iniciais da Copa do Brasil sem fazer uso do 2º jogo, mesmo não tendo apresentado um padrão tático mínimo com diversas atuações sofríveis. No futuro, mais próximo a um jogo decisivo, ou após a janela de transferências, essa crise teria efeitos ainda mais devastadores.
É bem verdade que os defensores do "filho da Vila Cruzeiro" crêem que não haverá grandes problemas no futuro, e que R10 e TN7 chegaram ao Fla sob a mesma desconfiança. Mas não dá pra comparar. Mesmo estando eles ainda participando de festas e eventos sociais, são exemplos para o resto do grupo nos treinamentos e nos jogos.
Adriano era amigo da rapaziada, mas exemplo nunca foi. Prefiro mantermos apenas os exemplos de ascendência positiva, não desejando ver o elenco agindo ao arrepio das regras como no início do ano passado.
O que mais ouvi ou li nesta semana foram comentários coléricos contra a Presidente e o Treinador dizendo que eles não eram maiores que o Flamengo. Verdade. Mas estes comentários vinham acompanhados da defesa intransigente ao Adriano, independente do que ele pudesse representar para o resto do elenco ou para a imagem do clube. Aviso: o Adriano também não é maior que o Flamengo.
Se eu pudesse dar um recado à torcida diria para que apóiem a direção e, principalmente, ao time. Adriano já era. A gestão profissional do futebol era algo almejado por todos, e não podemos pedir cabeças se este comando tomou decisão diferente da querida pela torcida. É inadmissível a postura de alguns pseudo-rubro-negros torcendo contra o Flamengo ontem na esperança de ver demitido o treinador.
O que se pode cobrar são justamente os resultados de campo, de formação de novos atletas, de conquista de uma identidade em campo, e convenhamos apenas a última parte está com desempenho abaixo do desejado, e é justamente o que temos exigidos para o começo do Brasileiro, e para as fases mais aguda da Copa do Brasil.
Marcos Schettini - @MarcosSchettini
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VAMO QUE VAMO, MENGÃO!
Gil
4 comentários:
Pedir a cabeça do Luxemburgo é loucura. Eu queria a volta do Adriano, acho que com ele, poderiam vir vários problemas, mas sem ele, e com o time indo mal como nas três últimas partidas, a pressão não deixa ninguém trabalhar em paz. Só a classificação na TR e atuações convincentes do time poderão afastar uma crise anunciada. Contra o Duque a obrigação é ganhar, mas já pensando na próxima rodada acho que o clássico contra o Botafogo é uma bela oportunidade para dar uma acalmada no clima. Dos grandes é o que vem pior, situação parecida de quando enfrentamos o Vasco, precisamos aproveitar esse jogo.
Flamengo precisa ser maior que tudo isso. A torcida tem que deixar de ser viúvo de jogador, principalmente aqueles que não têm consideração ao clube na hora que eles estão em alta. Grupos como esses que ficam aloprando a qualquer custo precisam ser engolidos por aqueles que apoiam.
Só acho que não devemos misturar as coisas. O time joga mal, o esquema não pega e há peças que precisam de reposição. Luxemburgo não deve ser crucificado por Adriano. Ninguém deve. Mas ele deve ser cobrado pelo trabalho dentro de campo. A diretoria, ser cobrada pelo trabalho fora dele, arrumar um patrocinador, ajustar o clube em termos financeiros.
O caldo não está desandando, mas acomodar não se pode.
Quanto ao Adriano, que vá em paz curtir São Paulo. Espertinho, disparou comentários jogando o clube e o técnico contra a torcida. Segue a linha do Ronaldo, se diz magoado e blablabla.. Caras assim não devem ser tão idolatrados
Na mais VERGONHOSO do que pseudo-torcedores usando a desculpa esfarrapada da não contratação do Adriano para torcer CONTRA o Flamengo. Somos a maior torcida do mundo, infelizmente precisamos lidar com esse tipo de idiota.
O momento é de apoio ao time e as decisões da diretoria, especialmente para quem passou 2010 pedindo profissionalismo e o fim das notícias envolvendo o clube nas páginas policiais.
Então, a diretoria em acordo com o técnico faz justamente isso e não trazem um dos jogadores que mais causaram esse tipo de situação no ano passado e, ainda assim, está errada. Impressionante.
Ninguém precisa ser o gênio da tática pra ver que o time está mal em diversos aspectos, embora invicto. Mas pedir um jogador que não virá e torcer contra o próprio time pro treinador malvado que não trouxe o Adriano cair é burrice, exagero, coisa de mlk mimado que não sabe oq diz.
Concordo em gênero, número e grau... A torcida do Fla é extraordinária, mas vez em quando tem uma postura incompreensível. Os mesmos torcedores que ficaram nas nuvens por conta das contratações de R10 e TN7, agora quer detonar a mesma Diretoria responsável por trazer os caras. Realmente, não dá para entender... Vamos abrir o olho galera!!!
O lance é apoiar mais é criticar menos... Saudações Rubro-Negras!
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