NÃO DEU PRO FLA. NÃO DÁ MAIS PRO ROGÉRIO.

Não deu (mais uma vez) para vencer o Patético Paranaense lá na Arena da Baixada, acabando com essa "escrita escrota" de não vencer os bicolores lá naquele estádio metido a San Siro. Perdemos novamente, por 1X0, num gol bobo, marcado pelo zagueiro-espancador Manuel, com uma bela ajuda da nossa zaga e do Marcelo Lomba.

Mas tem outra coisa que também não dá. Não dá mais pra aguentar o Rogério Lourenço. Na verdade, nunca deu mesmo para acreditar que ele pudesse vir a ser um grande treinador. O cara é esforçado, veio da base do Fla pra segurar as pontas da demissão do Andrade, sempre treinou direitinho os garotos, mas já passou da hora de separar os garotos dos homens, e o nosso "treineiro" ficou pra trás.

Falta muito a esse time do Flamengo para que se torne competitivo. Conseguimos nos segurar no primeiro terço da tabela no comecinho da competição, porque os demais times estavam em fase de preparação e formação. Mas agora, com o andamento das rodadas, a galera começa a subir de produção, conquistar pontos, alcançar os picos de preparação física e técnica, e o Flamengo, em sua filosofia covarde de evitar a derrota - implantada por Rogério - já não está mais dando conta de ninguém, nem mesmo do fraquíssimo time alvirrubro lá do Paraná (porque rubro-negro só existe um).

Ontem ficou claro para quem ainda não tinha notado, que o Lourenço não entende de futebol o suficiente para ser treinador e que não tem coerência, fatores importantíssimos num campeonato de pontos corridos, onde a manutenção de um raciocínio e a criação de alternativas é fundamental para sermos vitoriosos.

Com Renato ainda fora de forma e Pet aguentando somente 45 minutos, o ataque formado por Leandro Amaral (mais recuado) e Val Baiano (postado na área), não era lá nenhuma maravilha, mas estava funcionando relativamente bem dentro do esquema tático. Conseguimos até criar umas 4 chances de gol, todas desperdiçadas porque o time simplesmente não finaliza! É um tal de toca pra lá, toca pra cá e ninguém assume a responsa de tentar colocar a bola nas redes... tá foda!

Quando boa parte das pessoas lúcidas enxergava que o treinador deveria recompor o meio-campo na volta do segundo tempo, para compensar a inatividade de Pet ou Renato, ele sacou os dois jogadores de ataque e colocou Borja e Vinicius Pacheco, desconsiderando que, minutos antes do jogo, Rogério havia dado uma entrevista para o reporter George Guilherme dizendo que confiava em seus titulares e que deixaria que eles pegassem ritmo.

As mexidas destruíram o pouco que o Flamengo criava. Pet morreu e não conseguia nem andar. Renato Abreu, ainda pesadão, errava passes de 4, 5 metros. Léo Moura e Juan já não contavam com o apoio de ninguém e ai foi tudo pra casa do chapéu.

Não dá mais pra contratar profissionais, tendo um aspirante no comando. Ainda mais um aspirante que não é ousado, não inova. Rogério é só mais um, como era só mais um zagueiro. Seu percentual está bem pior que o do Andrade, de quem eu reclamava também sobre a falta de ousadia. Tá na hora do Flamengo voltar a ser Flamengo. Mas pra isso, não dá mais pra ficar com o Rogério.

Minha paciência e cordialidade com esse cara acabaram.

Gil