segunda-feira, 16 de agosto de 2010

QUEM QUERIA SHOW, FOI AO LUGAR ERRADO



Flamengo e Ceará se enfrentaram num Maracanã frio pra dedéu, num jogo completamente previsível. Quem foi ao Maior do Mundo na esperança de ver um grande espetáculo, com jogadas memoráveis, muitas chances de gol e um desfile de craques, certamente não deve sacar de futebol.

Tava na cara que a partida de ontem seria um jogo travadaço, daquelas mierdas de dar dó, afinal, tanto o rubro-negro quanto os mulambos cearenses contam com times que têm defesas arrumadinhas, entre as menos vazadas da competição, em contraposição a ataques absolutamente ineficientes. O resultado foi um magrinho (e providencial) 1X0 pra gente, gol de pênalti do Pet, cometido após boa jogada individual de Williams.

Por isso, se você é uma dessas pessoas que ficou surpreso com a baixa qualidade técnica do jogo e esperava ver um show no sábado, sinto muito em lhe avisar que o Maracanã era ao lugar errado pra isso. Pros que queriam ver show, as melhores opções eram ter me acompanhado até o Riocentro (como fizeram o Jean e o Djalminha) ou mesmo ter comprado um ingresso pra gravação do Criança Esperança, que rolou numa casa de show lá da Barra da Tijuca.



Vamos nos mancar, galera! Tá mais do que na hora da nossa torcida, que é exigente por motivos óbvios e históricos, compreender que esse time do Flamengo só vai subir de produção com um algo a mais, ou seja, se a gente apoiar. O elenco que temos hoje é limitado, por conta de falta de dinheiro e da proposta do Zico de sanear o clube, e precisa DEMAIS de um décimo segundo jogador em campo, aquela energia que promove milagres, ultrapassa limites e provoca reações na vida de jogadores.

Mesmo com as estréias de Renato Abreu e Leandro Amaral - e ainda que eles funcionem acima do esperado - o Flamengo não terá time para buscar o bicampeonato ou mesmo se classificar para a Libertadores se não tiver o nosso apoio, o nosso grito, o nosso suor e as nossas lágrimas.

E o triste é notar que a Nação Rubro-Negra parece hoje um gigante adormecido, daqueles que hibernam após um longo banquete (o hexa). Caso este gigante não acordo, corremos o risco de perder a oportunidade de abocanhar mais algumas presas antes que seja tarde demais e o inverno, longo e tenebroso, não nos permita sairmos da caverna.



Vou recorrer aqui a lembranças recentes, e profundamente emocionantes, para tentar fazer com que cada um de vocês possa entender a importância que pode ter para o Flamengo de hoje: em 2007, o Flamengo teve um começo de Brasileirão bem pior do que este ano. Na época, além das derrotas que sofremos no início do campeonato, houve ainda vários jogos adiados por conta do Panamericano do Rio. Por conta disso, ficamos por 13 rodadas na zona da degola e fomos alvo de todo tipo de provocação por parte dos nossos rivais.

O técnico Ney Franco, que estava no clube desde 2006 quando foi campeão da Copa do Brasil, acabou dando lugar a Joel Santana, conhecido como um treinador retranqueiro. No começo, Natalino ainda rateava no comando, e foi percebendo a necessidade de apoiar o time, que nossa torcida começou a mostrar a sua força e lotou o Maraca em todos os jogos que o Mengão jogava em casa, promovendo verdadeiros espetáculos nas arquibancadas, memoráveis para qualquer rubro-negro que presenciou. Diversas novas músicas de incentivo aos jogadores foram criadas e eles, antes desacreditados e desanimados, começaram a responder positivamente e a sentir lá embaixo, dentro do campo, o que era realmente vestir o manto sagrado e estar diante da maior torcida deste planeta. Assim, numa das maiores arrancadas da história do Brasileirão, o Flamengo conseguiu uma nova vaga para a Libertadores de 2008, terminando em terceiro lugar.



Hoje vivemos uma situação bastante parecida com a de 2007. Apesar do time, na minha opinião e na de muitos, ser inferior tecnicamente ao daquele ano, estamos numa condição mais confortável na tabela de classificação, o que nos permite até almejar um G-4. Mas para isso quero convocar você, torcedor do clube mais amado do Mundo, que está lendo este post, a demonstrar esse amor lá no Maracanã, a passar a sua energia e provar que o sentimento que temos para com este clube, estas cores, independe de quem está em campo ou em qual posição figuramos na tabela. A Nação Rubro-Negra sabe (ou deveria saber) que tem o PODER de transformar esse elenco de jogadores arredios e cheios de medo de errar, num grupo confiante e, quem sabe até, num time que dará show no Maracanã.

É como diria o escritor (do qual não me recordo o nome agora): "O espetáculo grande parte se faz do espectador. Ao seu desejo um drama pode virar comédia".

VAMO QUE VAMO, MENGÃO!
VAMO QUE VAMO, ZICO!

Gil

4 comentários:

Cris Marassi disse...

A gente nao tem mesmo que ir pelo show! Tem que ir por amor ao time, pra apoiar. Esse show também tem que partir da torcida!
Eu fiz o meu "showzinho" de pé quente nesse último sábado. Pena que nao posso fazer isso todo fds...
SRN sempre!

Papo de Urubu disse...

Também bato sempre nessa tecla, O time não tem nada de extraordinario e nós torcedores, a Nação que temos que levar esse time no colo. temos que mostrar a nossa força como fizemos em 2007. Sem esse algo mais da nossa parte não vai andar.

#SRN

@papo_de_urubu @Biruleibe

Unknown disse...

É isso ai Gil, como eu falei pra voces na 4a passada, ta na hora da torcida carregar o time no colo, apoiar mais do que nunca. Teremos jogos complicados ainda no 1o turno e pra ficar ali na "meiuca" tem que fazer pontos em casa.

To contigo, tem que apoiar o tempo todo.

Ótimo post como sempre.

Grande abraço,

Andre Tozzini (@TozzaFla)

Caio de Almeida disse...

Concordo com você, Gil. Se o time é fraco e débil como andam dizendo, é papel da nossa torcida tomá-lo no colo e ajudar esses jogadores a se tornarem um grupo forte, coeso e que se supere a cada jogo. Nós podemos fazer isso. Não há nada que a Nação não possa fazer unida!

SRN