PET SE DESPEDE. BEM QUE PODIA SER A ZAGA.

Flamengo entra em campo com Petkovic e a Nação dá mais um show!

Eu nunca curti muito a idéia de festividades numa partida que vale 3 pontos. Não pelo Pet, afinal, acho justa toda e qualquer homenagem feita ao gringo, mas pela importância que nossa torcida e o Flamengo dão a este Brasileirão (como em todos os anos).

Quando se falou em fazer a despedida do craque sérvio na terceira rodada, contra o CUrintia, um dos virtuais concorrentes do Mengão ao título, logo me veio a memória aquela fatídica noite de 07 de maio de 2008, quando Cabañas e o América do México acabaram com a festa de despedida de Joel Santana e do Flamengo na Libertadores.

Tá certo que os alvinegros de "Sumpaulo" não fogem à regra dos demais alvinegros desse país e são fregueses de carteirinha do Mengão. Mas o receio de "jogar com menos um", já que Pet estava afastado do elenco havia 6 meses, me parecia pertinente.

Ledo engano o meu.

Dejan se superou e mostrou pra mim, pro Luxa, pra quem quis ver e até pro Stevie Wonder que ainda poderia fazer parte desse elenco, jogando uns 30 minutinhos aqui, outros 10 ali, e ajudando a gente a desenrolar algumas partidas até o fim de seu contrato, como ajudou ontem no 1x1 (com direito a golaço de Renato Abreu).



Mostrou dentro das quatro linhas que, sem o vigor nem as arracandas de outrora, ainda é capaz de fazer o que muita gente (dentro e fora) do futebol não faz: pensar.


É triste ver um jogador com a visão e habilidade do gringo deixando os gramados, enquanto proliferam-se nas categorias de base Welintons, Deivids, Egídios, Fernandos, Jeans e outros seres bizarros, retrato da interpretação equivocada da máxima: "o futebol de hoje é muito físico".

Física é a natureza da atividade futebol. Mas a sua finalidade, o que as pessoas buscam ao ir pra um estádio, pagar um ingresso e assistir a um jogo é emoção, arte, magia, fascínio, fantasia, alegria, euforia, histórias, muitas histórias. E isso tudo Petkovic nos trouxe em cada minuto que esteve em campo, em cada cobrança de falta, em cada passe na medida.

A torcida do Flamengo, e quem ama o futebol, lamenta pelo jogador que se foi. Mas também pelos que ficam.

VALEU, PET! VAMO QUE VAMO, MENGÃO!

Gil