quarta-feira, 9 de abril de 2008

ÉS AHORA O NUNCA!!!!

Tô achando uma maravilha toda essa pressão que a nossa equipe tá recebendo lá em Cuzco, no Peru. Essa pode ser a tal "crise" que a gente precisava para transformar esse monte de jogadores num time de verdade, um elo que vai obrigar os jogadores a criarem um elo entre eles, se superarem e fazerem um pacto para vencer.

Tudo começou com a reivindicação rubro-negra junto à FIFA contra os jogos nas altitudes, iniciativa mais do que acertada do Márcio Braga. Essa solicitação do Flamengo atraiu outros adeptos, a maioria de times brasileiros, mas causou um terrível mal-estar com os times sediados em cidades altas no Equador, Peru e Bolívia.

O presidente Evo Morales - sempre ele - se meteu na conversa e começou a criticar a entidade máxima do nosso futebol e o governo, por não intervir - como ele adora fazer - na situação. O caso foi para os tribunais e a CONMEBOL deliberou sobre o assunto julgando improcedentes os recursos impetrados pela diretoria flamenguista e os demais clubes.

No entanto, a CBF, que tomou verdadeiramente as dores dos brasucas, ainda continua na briga e apóia o Flamengo em sua missão de levar o caso à estância máxima da justiça desportiva.

Agora a confusão ganhou um novo capítulo.

Assim que a delegação rubro-negra desembarcou lá na terra no Império Inca, foi devidamente vaiada e sacaneada por uma grande comitiva formada por torcedores do Cienciano. Teve direito até ao mascote do time azul, um burro, perambulando e perturbando a chegada dos atletas e da comissão técnica da Gávea. Diários esportivos peruanos, atendendo aos anseios de seus leitores, também debocham e subestimam o pentacampeão brasileiro, como se estivéssemos atribuindo a altitude um motivo para uma possível derrota e/ou desclassificação.

Pra esquentar a temperatura e aproveitar este clima, os cartolas do time gringo ainda ofereceram mais de R$ 170.000,00 para cada jogador pela vitória sobre o Mengão e a conseqüente classificação antecipada para a segunda fase da maior competição das Américas. O que já motiva qualquer jogador a correr pra dedéu e querer ainda mais os 3 pontos.

É isso ai, meus amigos. Pressão extra-campo, hostilidade, bicho, possíveis armações dentro e fora de campo e rivalidades acirradas. É a Libertadores voltando à moda antiga. Que beleza!

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