segunda-feira, 2 de novembro de 2009

SASSÁ MUTEMA RUBRO-NEGRO!


 O jogo de anteontem, contra o Santos, no Maraca, era uma daquelas partidas decisivas e emblemáticas. Não porque eu considere o Santos um grande adversário, nada disso. É que eu precisava saber, após duas atuações de "mierda", se o time que entraria em campo era aquele dos jogos contra Bostafogo e Barueri ou se seria como nos 9 jogos anteriores, um Flamengo de verdade, que fez todo mundo se empolgar e os adversários se cagarem perna abaixo de medo.

Curiosamente, a resposta que todos nós tivemos não foi nem uma, nem a outra. Ou melhor, as duas respostas estavam corretas.

No primeiro tempo, a Nação viu o Flamengo que pode ser campeão brasileiro pela sexta vez. Um time aplicado, ofensivo, raçudo e cheio de vontade de vencer diante da sua torcida, a maior do mundo. A zaga estava bem postada (apesar de alguns vacilos do Álvaro), o meio-campo implacável na marcação e ágil na saída pro ataque, e o ataque, se movimentando muito e criando diversas chances de gol. Tudo estava lindo, sol, céu azul e 1X0 logo no comecinho, numa cabeçada linda do Imperador, após bom cruzamento de Léo Moura.



O problema é que o Flamengo pós-gol mudou muito. O time entrou naquele estágio do "vamos esperar os caras atacarem pra meter mais um no contra-ataque". E nesse pensamento medíocre, começou a chamar os caras e tomar sufoco. E só ganhou a partida, porque um personagem que há muito tempo não aparecia, voltou a dar as caras: o Salvador da Pátria.

É isso ai, galera. Bruno teve uma noite de milagreiro, de melhor goleiro do Brasil, como há muito não víamos. O camisa 1 do Fla me fez lembrar "Sassá Mutema", e tornou-se o "Salvador da Pátria Rubro-Negro".

O capitão do Fla pegou o que podia e o que não podia durante todos os 90 minutos do jogo. E o espetáculo começou no primeiro tempo: contrariado com a vitória tão prematura do Flamengo, o juiz comprado pelos paulistas (depois eu falo melhor sobre o complô que os nossos amiguinhos da terra da garoa estão armando), arranjou um pênalti absurdo e inexistente pro time do Luxa empatar. O genérico do Pato, Ganso, ajeitou a bola, tomou distância, correu pra cobrança e bateu no cantinho. Mas o nosso milagreiro vôou no canto e pegou, fazendo com que o primeiro tempo encerrasse em 1X0.

Na segunda etapa, aquele time que tinha tudo pra ser hexacampeão, deu lugar a uma equipe excessivamente cautelosa (até irritante), que tocava bola de lado, ficava recuada e errava passes de 2 metros. Cada rubro-negro que assistia ao jogo, em casa, no computador ou no Maraca, certamente estava imaginando que os mulambos da Vila Belmiro poderiam empatar e virar o jogo a qualquer momento, diante da fragilidade que nos encontrávamos. Essa era a realidade do jogo.

Acontece que esqueceram de combinar com o melhor goleiro do Brasil, que estava novamente no gol do Fla.

Confesso que lembrei-me dos bons tempos em que a nossa escalação começava com o Júlio César. Bons tempos do Júlio, claro, porque o time era uma tristeza.

Luxemburgo, inteligente, conseguiu botar seu time precário pra sufocar o Flamengo, arriscando de longe e na base dos cruzamentos. Mas sempre esbarrava num Bruno ágil e bem colocado. O problema é que a zaga parecia querer entregar o empate a qualquer custo. Aírton errou uma saída de bola e quase permitiu o empate. Mais uma vez o nosso paredão botou pra fora. Logo depois, num lance tranquilo, fizemos a porra do pênalti. Pensei: "Agora fudeu. Os caras perderam no primeiro tempo, mas não vão perder dois seguidos". E eles não perderam mesmo... foi o Bruno que pegou!

Ganso ajeitou a bola de novo. Esperou aquele balanço do Bruno, pra tocar no meio. Mas aí o Bruno deu uma de Zé Carlos (que saudade, Zé Grandão), esticou o pé e defendeu manteve a nossa vantagem. A Nação, em delírio, começou a bradar, com orgulho, o tão conhecido bordão: "Taquilspariu... é o melhor goleiro do Brasil, BRUNO!". E assim acabou a emocionante novela "O Salvador da Pátria" no Maracanã, com 1X0 e o Mengão de novo no G-4.

Agora a gente tem quer torcer pro "Sassá" voltar sempre que a gente precisar dele. Quem sabe num "Vale a pena ver de novo" lá no Mineirão?

VAMO QUE VAMO, MENGÃO!

Gil

3 comentários:

Raquel Santana disse...

Novamente, post incontestável, Gil!!!

O "genérico do Pato" foi ótima, rsrs

É, nosso time não jogou lá essas coisas, mas o que importa mesmo, são os 3 pontinhos conquistados!

Agora temos que ir com tudo pra cima da galinha mineira, na casa deles e começar a pensar no HEXA lá em BH.

Vamos que vamos... hehehe!

Bjus

Raquel Santana
SRN

Caio de Almeida Figueiras disse...

Hahahahahahahahah!!! Essa do Genérico do Pato foi boa demais! Vamos ser hexa! Eu tb acredito!

SRN

Jean disse...

Fala rapaz! O Fla sofreu de um mal que o abateu durante um bom tempo: recuar após o gol. Isso não pode! O Fla tem que ir pra frente sempre. Somos um time ofensivo por vocação!
É claro que por jogar sem responsabilidade, adversários como Santos e Barueri, assim como os futuros adversários Goiás e Corinthians, se sentem livres para atacar sem se preocupar muito em perder. Mas mesmo assim, se queremos ser campeões, não podemos dar moles, como demos contra o Barueri. Temos que entrar em campo pilhados, ligados o tempo todo, dando o sangue, correndo mais que eles, querendo mais que eles em todas as bolas. Ainda mais contra adversários diretos, como o Atlético-MG.
Espero que Andrade consiga passar pros jogadores essa mensagem e que o Mengão saia de campo triunfante! Com mais 3 pontos e uma posição acima do Galo.
Vai Mengão!