LUXA E O PAPEL HIGIÊNICO

Não é porque zoei os tricoflores até o fiofó fazer bico (e assoviar o hino da Polônia) que acho que está tudo bem. Longe disso. Zoar a freguesia é um dever cívico de todo cidadão rubro-negro, mas a verdade, como venho dizendo nos meus últimos posts, é que o "profexô" e o elenco precisam parar de usar o discurso da invencibilidade como "escudo" e refletir se é com esse futebol que vamos entrar no Brasileirão, na Sulamericana e na fase final da Copa do Brasil, as competições que realmente valem nesse ano.

Afinal, cá entre nós, se já tinhamos jogado um futebol mixurucaço contra o Horizonte, proeminente potência futebolística do nordeste do país (#not), ontem, então, nem vale comentar.

Na minha humilíssima opinião, Luxa se superou nos equívocos e botou em campo o Flamengo mais confuso e arredio dos últimos tempos. Sem Ronaldinho, que ficou dodói, o treinador escalou um mistão brabo, com a clara missão de não perder o jogo. A equipe teve até direito a "Fernando Aberração" como titular, pra vocês verem. Mesmo assim vencemos nos pênaltis.

Mas a realidade é que o futebol foi digno de 2010.

Aliás, pra não ser 100% injusto, no segundo tempo, graças a entrada de Bottinelli e de uma incrível partida de Willians, os nomes da partida, fomos melhores, mais ousados e criativos, criando algumas boas oportunidades de gol, a maior parte delas desperdiçada por Diego Maurício, que, quis o destino, fosse o batedor do tento decisivo.

Somos rubro-negros, portanto, tenhamos hombridade. Não vamos fechar os olhos e cair na "política do chororô", creditando exclusivamente ao (PÉSSIMO) juizinho, que validou um gol duplamente impedido, os riscos que corremos na partida. Se em dado momento era complicado imaginar o gozo de hoje e a manutenção do título de "Rei do Rio", foi por exclusiva falta de futebol (ou falta de padrão tático, como vem apontando o meu irmão Tozzinha há algum tempo).

"'Taquilpariu', é o melhor goleiro do Brasil!"

Mas se toda panela tem a sua tampa, o bundão do Luxa encontrou o seu papel higiênico. E o nome dele é Felipe. Se no primeiro turno o camisa 1 nos levou à final contra o Boavista, agora, reeditando o período de ouro em que Bruno aportou no gol rubro-negro, Felipe "limpou as cagadas do chefe" e justificou o apelido de paredão, voando para pegar dois pênaltis e garantir a vitória contra o time da Floricultura, algo que parecia impossível pra quem assistiu (e se irritou) com o futebol do primeiro tempo.

Agora o adversário é o Vasco, time que temos escurraçado ao longo destes 10 anos e que pressupõe uma facilidade rumo ao título. Mas é ai que mora o perigo. Assim como o "Gordinho Zangief", o Vasco está esperando a vingança pro "bullying" que vem sofrendo há um tempão. É nosso dever "não dar mole pra Kojak" e levar os caras a sério, dando logo outra surra impiedoso. Até porque, os milagres do Felipe, assim como o papel higiênico, um dia podem acabar. E ai a gente vai ficar numa situação bem constrangedora.

Ilustração de Ila Fox (http://www.ilafox.com)

VAMO QUE VAMO, MENGÃO!

Gil

*Editado em 25/04/2011 às 12h32min